A minha tese é simples: um filósofo não é um profeta e o seu caminho não é errância. Essa imagem, a meu ver, perverte a filosofia na sua missão essencial que não é a simples sapiência – a própria designação de filo-sofia, procura da sabedoria, recusa-se como pura e simples posse e afirma-se como busca, inquietação pelo saber.
O especulativo incompreendido (e ridículo), que declama das nuvens ou para as nuvens (como o Sócrates de Aristófanes, na comédia As nuvens) pertence, de facto, ao anedotário filosófico e transporta um conteúdo determinado – e, apesar de tudo, adequado; adequa-se ao filósofo como ‘ser das alturas’, ao ideal ascético veiculado a partir de Platão. Gilles Deleuze (Logique du Sens) identifica, neste ‘psiquismo ascensional’, a associação platónica entre moral e filosofia; a simbologia filosófica abandona, assim, a investigação das profundezas, da terra, da matéria, como fora desígnio de muitos dos pré-socráticos (os Milésios, por exemplo) que faziam filosofia ‘com as mãos’, para se instalar no céu inteligível e aí ficar.
Mas Gilles Deleuze, na senda de Nietzsche, não deixa de ser injusto na sua radical condenação (muito judaico-cristã!) do platonismo! Mesmo o filósofo platónico fica mal instalado no seu trono de inteligibilidade, porque a filosofia é ativa e processual. Tal como ‘o libertado’ da caverna (Platão, Alegoria da Caverna) que regressa para junto dos seus companheiros, assumindo o seu compromisso político, o filósofo ou é do mundo, ou não é filósofo; quer isto dizer que a filosofia digna desse nome é consciente da sua missão transformadora em relação ao mundo do homem comum e à sociedade. Desta forma, o filósofo é aquele que pensa o mundo, mas não só. Procura transformá-lo, integrando-se na categoria dos que agem e fazem ouvir a sua voz. De outra forma limitar-se-ia a pregar no deserto ou pendurar-se-ia das nuvens, assumindo-se como caricatura e imagem de comédia.
Ao contrário da ‘in-diferença’ ao mundo e aos seus diversos acontecimentos (todos os acontecimentos, de facto), a filosofia ensina-nos a fazer a diferença. Abre, assim, o caminho para um modo de pensar que é, sobretudo, uma maneira de viver e agir.
Sendo hoje o Dia internacional da Mulher, gostaria de realizar uma análise retrospetiva ao avanço dos seus direitos, e perceber se houve alguma alteração significativa no tempo presente. Os direitos das mulheres: Antes do Século XXI
Começando pela Grécia no século V antes de Cristo, a mulher nem era vista como cidadã (tal como as crianças e os estrangeiros). Tratada abaixo de cão, estas individuas tinham como papel principal assegurar a próxima geração dentro da família, tendo um papel secundário na sociedade. Basicamente, não podiam sair de casa sem permissão do marido e os criados que tomavam conta da casa deste tinham de ser castrados (do género do Carlos Castro, só que vivos e com uma cirurgia realizada com recurso a utensílios muito piores que um saca-rolhas) com medo que a esposa aparecesse com um descendente de origem diferente do que era suposto.
Até ao início do século XIX, a tendência da mulher ser vista apenas como uma incubadora neonatal portátil prosseguiu, agravando os casos de violência e desrespeito pela sua integridade física.
No fim do século XIX, iniciou-se o o movimento das "sufragistas" (não confundam com sofrimento ou surfistas), tendo como objetivo principal estabelecer direitos iguais de voto entre os homens e as mulheres.
A partir deste momento, o movimento para a proteção dos direitos das mulheres tornou-se um tópico político de grande relevo, sendo um dos objetivos do milénio da ONU.
Objetivo do milénio nº3 da ONU.
Os direitos das mulheres: Atualidade
É assim, apesar de termos verdadeiramente progredido na questão dos direitos Humanos, hoje, em pleno 2017, parece que queremos voltar atrás em relação aos avanços que fizemos enquanto sociedade.
Por exemplo, na semana passada, um eurodeputado (grunho) polaco de nome Janusz Korwin-Mikke, membro do partido libertário e eurocético Coligação pela Renovação da República - Liberdade e Esperança, proferiu em plena reunião do Parlamento Europeu o seguinte:
“É claro que as mulheres devem ganhar menos do que os homens, porque são mais fracas, são mais pequenas, são menos inteligentes. Elas devem ganhar menos. É tudo”
Ora bem, sabendo que estamos a falar de um eurodeputado de um partido pela Liberdade e Esperança, fez-me perder esta última ao tomar conhecimento que existem deputados com este nível de ignorância. Mas esta não é a sua primeira ofensa. Em 2014, durante uma sessão parlamentar também, usou linguagem racial para identificar comunidades que vivem na União Europeia, tendo sido avisado pelo então presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz em relação à sua postura.
Um indivíduo mal-amado neste Dia da Mulher.
Para além disso, o mundo árabe continua com as mesmas políticas familiares dos Gregos durante o século V antes de Cristo. Aliás, se se atrever a mostrar nem que seja um bocadinho de "chicha", é considerado uma ofensa para a lei islâmica gravíssima. Talvez não tão grave como quando o Cavaco hasteou a bandeira portuguesa ao contrário durante as comemorações do 5 de outubro, mas isso é outra história.
#AguentaCamões
Mas atenção! Nem tudo tem sido negativo para as mulheres nestes últimos tempos.
Como os/as nossos/as leitores/as se devem lembrar, no ano passado, o Bloco de Esquerda português propôs à Assembleia da República a mudança do nome do documento identificativo de cada cidadão/cidadã português de "Cartão de Cidadão" para "Cartão de Cidadania", uma vez que este “não respeita a identidade de género de mais de metade da população portuguesa”.
É como tentar descobrir o sexo dos anjos.
É por isto que, a partir deste momento, passei (quando me lembro) a designar qualquer grupo de indivíduos de uma de duas formas possíveis: a primeira opção é simplesmente discriminar ambos os géneros para evitar qualquer equívoco; a segunda opção será não discriminar de todo o género, e passar a utilizar uma linguagem anglo-saxónica não discriminativa. Isto tudo porque um bocado de plástico está a ser sexista para com metade da população portuguesa.
Um indivíduo não poderá ser levado a sério quando discursa desta forma.
Mas porquê ficar só pelo cartão? Não haverá outras situações que fira a suscetibilidade dos/as portugueses/as? E o Cartão de Eleitor? As mulheres são menos eleitoras que os homens?? E o uso do termo "Homem" como identificativo da espécie humana? Não deveria passar a ser "Pessoas"? Enfim, existe muito por onde pegar neste mundo ainda muito machista.
Despeço-me hoje, no fim do Dia da Mulher, esperando que o nosso público feminino tenha desfrutado desta data, e a citar Ferro Rodrigues:
“Nunca podemos dar por adquiridos os direitos conquistados”
Critica feita por Antoine Arnauld, um contemporâneo de Descartes.
A crítica
consiste numa avaliação à certeza das verdades “supostamente” atingidas por Descartes.
Descartes, para
ter a certeza que as ideias são verdadeiras, claras e distintas, usa a
existência de Deus como uma “garantia da verdade”, mas simultaneamente tenta
justificar a existência de Deus com o uso da clareza e distinção das suas
próprias premissas.
Descartes é frequentemente acusado de cometer uma
falácia - a falácia da petição de princípio.
Com esta crítica todo o projeto de Descartes
cai por terra, pois invalidando a existência de Deus, invalida-se a garantia metafísica em si mesma: do Ser e do Conhecer. Nada é certo distinto e
claro, portanto ainda fica de pé a hipótese do génio maligno.
II
CRÍTICA DE KANT AO ARGUMENTO ONTOLÓGICO
O 'erro' da prova a priori da existência de Deus ( que retoma o argumento ontológico primeiramente apresentado por Santo Anselmo) prende-se com o seguinte: toma a existência como predicado; ora, a existência não é predicado.
A existência não é uma propriedade é uma
mera condição para que existam outras propriedades. Kant disse que a existência
não é um predicado ou seja quando
apelamos a existência de algo não lhe estamos a atribuir nenhuma qualidade
concreta.
Desta forma, não há qualquer contradição em pensar o ser 'perfeito' (Deus) como não existente. Descartes dá um 'passo' ilegítimo ao passar, com este argumento, diretamente da ordem do pensar para a ordem do ser, ou seja, do domínio da
lógica para a ontologia.
David
Hume nasceu em Edimburgo, em 1711[1].
Estudou Direito, mas dedicou-se à Filosofia, à História e Diplomacia; chegou a
ser subsecretário de Estado.
Levou
o Empirismo Inglês ao seu estádio de
maior radicalidade. Rejeitou as Ideias
Inatas e defendeu uma perspetiva profundamente cética. Proclamou que não conhecemos mais dos que as nossas
próprias Impressões e Ideias.
Disse
que a Política e a Ética não se sustentam em princípios racionais, mas na utilidade comum e no sentimento de simpatia, através do qual
somos capazes de nos colocarmos no lugar dos outros.
Fernando
Savater:
Vamos hoje falar de um filósofo representativo de um
século que é, talvez, um dos séculos mais extraordinários, do ponto de vista
intelectual, de toda a grande aventura humana. O século XVIII, século do
Iluminismo, o chamado século das Luzes. Normalmente, quando falamos deste
século, centramo-nos em França: no Enciclopedismo (francês), em Voltaire,
Rousseau, etc. Mas, quem sabe, a figura individual mais notável, mais destacada
deste século tão extraordinário, terá sido um filósofo escocês, nascido em
Edimburgo – localidade muito mais pequena do que Paris, mas que teve um grupo
extraordinário de pensadores com grande importância no século XVIII. E o mais
importante deles, foi David Hume.
Hume não partiu da Filosofia; chegou à Filosofia. Foi
formado em Direito e foi também um extraordinário historiador[2]
e finalmente um grande filósofo.
Já John Locke havia insistido que não nos podemos
fundamentar em nada de inato – ideias, fundamentos – mas que, pelo contrário,
todas as ideias que temos, recebemo-las do mundo [exterior ao sujeito]. Este Empirismo (dizer que o que conta
como fonte do conhecimento é a empiria,
a experiência) é
absolutamente radical em David Hume.
Para David Hume são as impressões que recebemos do mundo
[através da experiência] que são as únicas fontes do conhecimento. Deste
empirismo radical nasce a obra deste filósofo sagaz, prudente e audaz nas suas
posições intelectuais – tanto que nem sempre podia afirmar claramente tudo o
que pensava sobre diversos assuntos, pois chocava as crenças estabelecidas na
época.
David
Hume nasceu na Escócia, de uma família não muito rica, mas pertencente à
nobreza. Ficou órfão de pai aos dois anos e foi criado por sua mãe, juntamente
com suas irmãs e seu irmão mais velho que, de acordo com os costumes da época,
herdou as terras da família. David foi, assim, destinado à carreira «das Leis»,
mas os seus verdadeiros interesses eram literários; desde pequeno que se
dedicou a ler os grandes autores gregos e romanos. Obtido o seu título de
advogado logo começou a exercer esta profissão, em Bristol. Porém, pouco tempo
depois decidiu viver do que escrevia e viajou até França, onde passou a viver
em 1732. Instalou-se em La Fléche, em cujo colégio jesuíta havia estudado René
Descartes.
Redigiu, nesse período, a sua primeira obra importante: Tratado
da Natureza Humana.
Acreditava que esta obra lhe traria celebridade e fortuna, mas, na realidade,
não teve grande êxito, o que o dececionou profundamente. No seu Tratado, Hume partia da teoria do
conhecimento de Locke e radicalizava o seu Empirismo. Criticava certos princípios
que, todavia, operavam na obra de Locke: o eu,
a substância, a causalidade e a indução. Para efetuar esta
crítica Hume realizava uma descrição rigorosa do conhecimento: quando conheço
um objeto tenho certas sensações ou Impressões e certas Ideias,
que são como a ‘cópia’ das Impressões; cópia que pode dar-se como memória
(recordação), como projeção imaginativa (imaginação) ou como conceptualização
abstrata.
As Ideias são, então, representações mentais. De modo que, a partir das
Impressões se constituem as Ideias Simples e, a partir de associação
de Ideias Simples, formamos as Ideias Compostas ou Complexas. Todas
as Impressões e Ideias geram em nós a convicção de que realmente existem os objetos externos que as provocam. Mas, na
realidade, do que posso estar de facto seguro, é de que tenho uma sensação ou
Impressão e que isso gera a crença de que existe realmente uma
realidade exterior [o Mundo].
Não obstante, o objeto que conheço não é exterior a mim, mas está, sim,
na minha consciência[3], pois
consiste somente num conjunto de Impressões e Ideias. Se eu afirmo que as
minhas Impressões e Ideias correspondem a um objeto real, faço-o por um ato de crença.
Hume afirma que nos iludimos, que criamos certas Ideias às quais não
correspondem Impressões, como:
- a ideia de causa-efeito [causalidade];
- a ideia de espaço e tempo;
- a ideia de substância.
Todas estas ideias são fundamentais para a Ciência; ainda que sejam
ilusórias, a Ciência apoia-se nestas ideias básicas. Sobre elas construímos o mundo
do conhecimento, ainda que não haja Impressões que lhes deem a validade
objetiva que parecem ter, certamente há que reconhecer que o homem não pode
viver fora de uma certa crença instintiva na realidade – mas, no fundo, o que
entendemos por realidade, reduz-se a um certo número de Impressões.
(...)
David Hume, que foi uma das mentes racionais mais poderosas da sua época
concede, na sua Filosofia, grande importância ao que não é estritamente
racional: as emoções, a simpatia, os movimentos anímicos são fundamentais para
a vida e para a sociedade humana. É interessante verificar que, perante a
imagem estereotipada de que as grandes inteligências sempre são ‘frias’, há
evidências de que alguns dos maiores talentos racionais da história da
humanidade, compreenderam a importância da dimensão do ‘irracional’ na vida
humana. E a ideia de Hume é que tudo é, por nós, recebido do mundo que nos
rodeia, e que recebemos tudo por meio das nossas capacidades: dos sentidos, que
são as ‘janelas’ que, em nós, se abrem para o mundo. Tudo o que não podemos
comprovar, o que não podemos verificar [pela experiência], realmente não
podemos dizer que exista.
Entretanto podemos fazer a ‘introspeção’ de que falava Descartes:
busquemos o subjetivo, busquemos a certeza [a verdade absoluta]. Ora, Hume
mostra-se descrente e crítico desta posição cartesiana, do Eu penso, logo existo. Descrê dessa certeza: portanto, pensas; mas
porque existes? Porque é que tem de existir um sujeito (um eu) nesse pensar?
Não poderia ser um pensamento sem sujeito [substancial]? Quando digo «chove
descrevo que algo ocorre, mas não é necessário, a partir daqui, um sujeito da
chuva – que algo chove, um sujeito do ato de chover.
Não. Para Hume não podemos pensar algo como um «eu», um núcleo fixo e
estável NO QUAL AS NOSSAS Impressões são ‘depositadas’; somente posemos afirmar
que temos Impressões, que temos pensamentos, que temos sentimentos. O ‘eu’ é
uma construção que fazemos para suportar todas as Impressões, mas não é algo a
que possamos chegar através dos sentidos.
Até este ponto radical, ao mais radical que pode chegar o ceticismo – o
questionamento do ‘eu’ –, chega o ceticismo de Hume
A
causalidade, a substância e o eu, segundo David Hume, são somente crenças, pois
que, de facto, jamais temos experiência delas. Se me atenho somente à
experiência, devo dizer que o ‘eu’ me aparece como uma amálgama de sensações,
como um puro fluir de atos de consciência e não como um eu substancial. A ideia
de substância, por seu turno, dissolve-se num conjunto de sensações que nós
agrupamos espácio-temporalmente; e quanto à causalidade, é considerada como uma
conexão necessária entre dois ou mais fenómenos: O fenómeno antecedente é
chamado ‘causa’ e o fenómeno consequente é chamado ‘efeito’. Ao falarmos de
conexão necessária, isto implica que à causa se segue inevitavelmente[4] o
efeito.
Se
considerarmos o que ocorre quando uma bola de bilhar toca noutra após uma
tacada, observamos um movimento em que a 1º bola toca na 2ª, e esta
movimenta-se e toca na 3ª. Consideramos tratar-se de um movimento causa-efeito,
mas não temos a experiência desta relação[5] .
Somente podemos afirmar a sucessão temporal e a continuidade espacial. Mas a
causalidade, não: é apenas uma crença
fundada no hábito.
Este
problema da causalidade está imediatamente ligado ao da indução:
Não
podemos daí concluir que todos os cisnes são brancos. De modo que a indução é
um método que tem um gravíssimo problema, no que diz respeito à sua
fundamentação: toda a tentativa de codificação da indução parte do princípio de
regularidade da natureza, que não é um princípio derivado da experiência mas,
ele próprio, uma inferência indutiva.
Esta
análise de Hume desemboca no ceticismo radical: todo o conhecimento científico
se apoia, segundo ele, em meras crenças. As únicas certezas que me são
permitidas são, por um lado, as que derivam da descrição das minhas Impressões
e das suas relações com as minhas Ideias e, por outro, as que se manifestam nas
relações quantitativas das matemáticas.
[1]Cerca de um século depois do nascimento de Descartes (1596-1650) e 65 anos
após a sua morte.
[2]Escreveu uma obra de grande dimensão e qualidade, em 8 volumes: História de Inglaterra. Durante parte do
século XIX foi mais conhecido como historiador do que como filósofo, embora o
seu contributo para o desenvolvimento do pensamento filosófico, nomeadamente ao
nível da Epistemologia, seja incontornável. Kant referir-se-lhe-à como a um Mestre,
dizendo que foi a leitura das suas obras filosóficas que lhe permitiu acordar do sono dogmático e elaborar a
sua filosofia crítica. (nota da docente de Filosofia)
Nesta série, visa-se ensinar algumas partes da História da Filosofia, não interessa o quão conhecidas, através de uma maneira mais "light", ou seja, 'gozando' com o formato das revistas cor-de-rosa e usando algumas das suas estratégias para captar a atenção. Cada edição contará com um artigo principal e, no final, uma sessão de astrologia com um filósofo. Comecemos.
Capa
Página 5
Sim ,queridos leitores, é verdade. O par do século XIX (pelo menos para Nietzsche) está terminado de vez! Lou von Salomé fartou-se do homem que a amava tanto (e Nietzsche afastou-se, como um bom Übermensch que é), e que já a tinha pedido em casamento três vezes, durante um período de apenas sete meses! Mas como é que esta paixão tão ardente chegou a este ponto? Vamos voltar a ver a relação deles, desde o início.
Nietzsche conheceu Lou através do seu amigo mútuo (e, segundo alguns, amante de Lou) Paul Rée;
O seu primeiro encontro foi em Abril de 1882, na lindíssima cidade de Roma, em que Nietzsche, segundo fontes, pede a Rée que peça a Lou que case com ele, sendo recusado;
A irmã de Nietzsche intervém no relacionamento, e manda uma carta à sua mãe a contar da relação, que diz ser desastrosa;
Em 5 de Maio desse mesmo ano, Nietzsche está com Lou outra vez, desta vez nos Alpes italianos, e pede outra vez a Paul que faça o mesmo pedido, sendo outra vez recusado;
Nietzsche e Lou dão um passeio secreto pelas montanhas, em que não se sabe se algo se passou ou não;
Elisabeth, a irmã de Nietzsche, continua a estragar a visão que a mãe de Nietzsche tem de Lou, cozinhando xenofobia por Lou e anti-semitismo por Paul;
A mãe de Nietzsche envia-lhe uma carta, da qual conseguimos obter excertos. Na carta, a mãe é extremamente insultuosa contra Lou von Salomé, tais como: "Ela não consegue realmente criar algo por si própria(...)", ou "(...) o seu talento principal é sugar o espírito dos outros e apresentá-lo como seu próprio(...)". Ouch!
Lou von Salomé fica cada vez mais próxima de Paul Rée, e Nietzsche afasta-se dela, por achar que este lhe daria uma atmosfera intelectual mais próxima das suas expectativas."
Apesar de ter sido Nietzsche a separar-se, o famoso psicólogo/filósofo já veio ao Twitter falar do assunto, com reações mistas.
Parece que Friedrich está a perder (ainda mais...!) a cabeça. Mas ele é assim, e nós gostamos dele à mesma!
Astrologia
Com: Zenão de Eleia
Resultados inconclusivos, os planetas não se mexeram.
Bibliografia:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/23/Nietzsche1882.jpg/220px-Nietzsche1882.jpg http://cliparting.com/wp-content/uploads/2017/02/Explosion-clip-art-tumundografico-4.png http://www.kulturstiftung.de/wp-content/uploads/2015/06/KSL_APT_1_2013_081.jpg http://www.citador.pt/images/autorid00022.jpg http://rsleve.people.wm.edu/FNLAS_1882.html https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/98/Zeno_of_Citium%2C_drawing.jpg (Todos acedidos a 02-03-17)